sexta-feira, 25 de abril de 2014

COFFITO normatiza uso da CIF por Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

RESOLUÇÃO Nº 370, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2009




Dispõe sobre a adoção da Classificação Internacional de

Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da Organização

Mundial de Saúde por Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.



O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo art. 5º da Lei nº. 6316, de 17 de setembro de 1975, em sua 191ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 06 de novembro de 2009, em sua subsede, situada na Rua Napoleão de Barros, nº 471, Vila Clementino, São Paulo- SP,



Considerando os artigos 3º e 4º do Decreto-Lei 938/69;



Considerando a criação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2001;



Considerando a resolução da OMS 54.21 que recomenda o uso da CIF pelos países membros;



Considerando o modelo multidirecional proposto na CIF que inclui os fatores ambientais e pessoais como determinantes da funcionalidade, da incapacidade e da saúde;



Considerando as pesquisas atuais sobre o uso da CIF em Saúde Funcional;



Considerando que a CIF permite avaliar as necessidades funcionais das pessoas;



Considerando que a CIF pode servir como modelo para avaliação, acompanhamento e determinação de tratamentos conduzidos por Fisioterapeutas e por Terapeutas Ocupacionais;
.
Resolve:


Art. 1º - O Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional adotarão a Classificação Internacional de Funcionalidade, incapacidade e saúde(CIF), segundo recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), no âmbito de suas respectivas competências institucionais.

PARAGRAFO ÚNICO: A Classificação de que se trata este artigo será utilizada como:

a) ferramenta estatística - na coleta e registro de dados (e.g. em estudos da população e pesquisas na população ou em sistemas de gerenciamento de informações);
b) ferramenta de pesquisa - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores ambientais;
c) ferramenta clínica - na avaliação de necessidades, compatibilidade dos tratamentos com as condições específicas, avaliação vocacional, reabilitação e avaliação dos resultados;
d) ferramenta de política social - no planejamento dos sistemas de previdência social, sistemas de compensação e projetos e implantação de políticas públicas;
e) ferramenta pedagógica - na elaboração de programas educativos para aumentar a conscientização e realizar ações sociais.
Art. 2º - O Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional aplicarão, após os respectivos diagnósticos fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais, a versão atualizada da CIF e sua derivada.
Art. 3º - O Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional adotarão, no âmbito das suas respectivas competências institucionais, o uso do modelo multidirecional da CIF na atenção e no cuidado fisioterapêutico e terapêutico ocupacional nas necessidades da pessoa.
Art. 4º - Os serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional adotarão o uso da CIF para formação de banco de dados de saúde.
Art. 5º - O COFFITO recomendará às Instituições de Ensino Superior o ensino da CIF nos cursos de graduação, pós-graduação e extensão em Fisioterapia e em Terapia Ocupacional.
Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ABDO AUGUSTO ZEGHBI


Diretor-Secretário

ROBERTO MATTAR CEPEDA

Presidente do Conselho

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Ausculta Pulmonar



Segundo, Maria Luiza Carvalho Echevenguá a ausculta é o método semiológico básico no exame físico dos pulmões realizada com o auxílio de um estetoscópio. A auscultação direta ou imediata, ou seja, colocando-se o ouvido na parede torácica, não se utiliza mais, embora por intermédio dela seja possível perceber também as vibrações da parede. As principais fontes sonoras do tórax são o coração e os pulmões. Entretanto, a traquéia, os brônquios, a pleura, o pericárdio, os grossos vasos e o esôfago podem gerar sons. O examinador deve ficar atrás do paciente para auscultar. O paciente não deve forçar a cabeça ou dobrar excessivamente o tronco. Pedir ao paciente que respire pausada e profundamente com a boca entreaberta e sem fazer ruído.

 Ouvir ruídos normais e anormais que se produzem no aparelho respiratório

Forma padronizada
Pede-se respiração oral e tranqüila
Realizar de ápice para base
De forma comparativa e simétrica
Região anterior e posterior do tórax

Murmúrio Vesicular: sons normais
Ruídos Adventícios: sons anormais

Secos:
1. Cornagem, estridor;
2. Roncos: secreção
3. Sibilos: semelhantes a ruídos musicais ou sussurrantes.

Úmidos:
1. Estertores Crepitantes: associado a líquido presente em vias de pequeno calibre ou ate mesmo intra-alveolar (ex: esfrega-se uma mecha de cabelos contra os dedos)
2. Estertores Subcrepitantes: Vias de médio calibre

Traqueal - audível sobre a traquéia, é um ruído intenso (como se assoprasse dentro de um tubo).

Brônquico – som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre – face anterior do tórax, próximo ao esterno.

Vesicular ou murmúrio vesicular - é produzido pela turbulência do ar ao chocar-se contra saliências das bifurcações brônquicas.

Roncos – vibrações das paredes brônquicas e conteúdo gasoso. Sons graves de baixa freqüência, contínuos, escutados nas vias aéreas maiores.

Sibilos – vibrações das paredes bronquiolares e conteúdo gasoso.Sons agudos Ex: bronquite, crises asmáticas.

Estridor – som produzido pela semi-obstrução da laringe ou traquéia

Estertores finos ou Crepitantes –
- auscultado no final da fase inspiratória
- não se alteram com a tosse
Ex: pneumonia, edema agudo (fase inicial).

Ruído semelhante: friccionar feixe de cabelos destruição de folhas secas

Subcrepitantes ou bolhosos –

- auscultado no início da inspiração e toda expiração
- alteram-se pela tosse.
Ex: bronquites, bronquiectasias.

Aprenda e pratique mais aqui: Ausculta Virtual UNIFESP

Pontos de Ausculta



Caroline Duarte

Estudo de Caso: Neurologia

Estágio aconteceu no dia 15/05/2013, no Hospital Geral de Fortaleza. Fortaleza - CE - Brasil.
Professora Marineide.
No horário de 7:30 às 10:10 da manhã.




















IDENTIFICAÇÃO

Nome: M.H.L.
Idade: 42 anos.
Sexo: Masculino.
Estado Civil: Solteiro.
Profissão: Agricultor.
Naturalidade: Boa Viagem- CE
Internação na emergência: 24/04/2013 às 17:50h.
Médico responsável: Ana Carolina Queiroz.

DIAGNÓSTICO
—Acidente Vascular Encefálico com atrofia cerebral à direita e cerebelar à esquerda, com crises convulsivas.
—Suspeita de Encefalite de Rasmussen.

HISTÓRIA CLÍNICA
História da doença atual: Paciente referindo crises epilépticas tônico- clônico (TCG) há aproximadamente
cinco meses seguido de déficit de força em membros do lado esquerdo do corpo. Continua tendo crises
com intervalos de semanas entre elas. No dia 23 de abril por volta de 12:30h apresentou nova crise (TCG)
e piora dos déficits.
Hábitos: Ex-etilista e ex-tabagista. (parou após início das crises).

EXAME FÍSICO
Tônus Muscular: Força muscular preservada em dimídio direito, diminuído no dímídio esquerdo,
principalmente no membro superior esquerdo, apresentando grau 3 de força muscular.
Marcha: Atáxica.
Mímica: Paralisia Facial Periférica na hemiface direita.
Fala: apresenta disfonia.
—Sensibilidade: Hipoestesia vibratória à esquerda.
Apresenta grande espasticidade no dimídio esquerdo.
Reflexos: Hiperreflexia à esquerda.
Coordenação: Dismetria, dissinergia.

OBJETIVO DE TRATAMENTO

Reduzir ou  Amenizar :
Paralisia Facial.
Espasticidade à esquerda do MS.
Aumentar:
Força Muscular principalmente do lado esquerdo do corpo.
 
PLANO DE TRATAMENTO
MMSS
Relaxamento
Alongamento
Mobilização passiva
Exercícios assistidos no hemicorpo E
Exercícios ativos no hemicorpo D
KABAT diagonais funcionais

MMII 
Relaxamento 
Alongamento 
Mobilização passiva 
Exercícios assistidos no hemicorpo E 
Exercícios ativos no hemicorpo D 
KABAT diagonais funcionais 
 
  TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL



Caroline Duarte